quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tricolor




O jogo do último domingo, por ter como foco aquele sujeito que não precisamos mais pronunciar o nome, ofuscou algumas questões.
A única coisa boa que o pilantrinha fez para o Grêmio nos últimos tempos: despertou um sentimento de união. O rapaz é tão desprezível que conseguiu juntar até mesmo torcedores de outros times a nós. Recebi mensagens de apoio e parabenização de várias torcidas. ATÉ MESMO COLORADOS. Ele é tão podre que conseguiu juntar até mesmo gremistas e colorados, e não foi por um sentimento bonito: foi pelo ódio, desprezo, asco.
Mas a união que eu me referia diz mais respeito ao próprio Grêmio. Na partida de domingo, ao identificar um “inimigo” comum, a Nação Gremista se uniu como há tempos não se via. O tiozinho do amendoim ali da Social esqueceu de pegar no pé do Rafael Marques. O exército Anti-Roth, por um momento, deixou o Celso em paz. Niguém lembrou que o ataque era fraco, ou que o Presidente estava colecionando fracassos na temporada. Todos foram poupados. Era “NÓS contra ELE”. Todos juntos, unidos.
O reflexo dessa união foi o silêncio que “se ouviu” depois do golaço marcado pelo Miralles. Se fosse outro jogo qualquer, podem ter certeza: iam reacender a já quase apagada Guerra criada entre Roth e o argentino. Mas pouco se falou nisso, pouco se cobrou explicações do Celso pelo “castigo” dado ao gringo. Tudo ficou em paz. O gol do Miralles não serviu para gerar polêmica, e sim para lavar a alma.
Em compensação, com o foco todo voltado ao dentucinho aquele, também passou batida a questão dos 46 pontos: Grêmio está oficialmente livre do Z4. Sei que esse medo já não pairava pelas bandas da Azenha, mas atingir a meta matematicamente exigida é emblemático. Agora definitivamente acabou o ano, hora de pensar em 2012 e, mais do que isso: hora de começar a AGIR para 2012.
O grupo é frágil, mas tem algum brio. Mostraram isso em algumas oportunidades, inclusive nesse último domingo. Jogaram com gana POR NÓS. Ninguém ali odiava o camisa 10 rubro-negro. Aquela vontade toda era por nós, em respeito ao clube que defendem e sua torcida. Já me serve. Entretanto, no que diz respeito à qualidade técnica, o elenco tem suas fragilidades.
O André Lima não vai apresentar aquela atuação de gala pra sempre. A zaga segue mostrando que não é confiável. Talvez o Gilberto se firmando ali forme uma boa dupla com o promissor Saimon, mas pra evitar surpresas com esse “talvez”, seria bom contratar um xerifão indiscutível pra garantir. Ataque, idem. Precisamos de um nome indiscutível, de preferência dois.
Mas o mais importante é manter a base. Ano passado vivíamos situação semelhante. Umas 3 ou 4 boas contratações deixariam o Grêmio brigando forte em qualquer competição. Mas aí saiu o Jonas e não veio ninguém parecido. Saiu o Paulão e nenhuma reposição à altura. Até mesmo o contestado Fábio Santos fez falta, devido à ausência de boas reposições. Aí complica.
Acho que com umas 4 contratações certeiras teremos um baita time ano que vem. Mas isso mantendo a base. Não adianta contratar meia dúzia e perder o Douglas, não segurar o Escudero, etc. Se isso acontecer precisamos de umas 10 boas contratações pra montar um timaço. E, claro, estou falando de umas 4 BOAS contratações. Não adianta trazer meia dúzia de Lins, Edcarlos ou afins. É hora de focar na qualidade, pontualmente, e não na quantidade.

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