quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fed revisa para baixo estimativa de crescimento dos EUA

BC dos EUA prevê agora crescimento de apenas 1,6% a 1,7% neste ano.
Fed também revisou projeções para inflação e desemprego.


O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) revisou para baixo nesta quarta-feira (2) sua estimativa de crescimento dos Estados Unidos para os próximos três anos e ampliou suas projeções de desemprego. Segundo o banco, no entanto, as expectativas de inflação devem se manter estáveis.

As autoridades do Fed expressaram maior pessimismo em relação à economia dos EUA do que em junho. De acordo com o comunicado do Fed, a estimativa de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) americano em 2011 foi cortada de 2,7% a 2,9% para o intervalo de 1,6% a 1,7%. Para 2012, o Fed espera um crescimento da economia entre 2,5% e 2,9%, ante a previsão anterior de 3,3% a 3,7%. Para 2013, o BC dos EUA projeta uma alta entre 3% e 3,5%.

Presidente do Fed, Ben Bernanke, diz que recuperação será lenta (Foto: Reuters)

A previsão de inflação em 2011 subiu do intervalo de 2,3% a 2,5% para a faixa de 2,7% a 2,9%. Em 2012, a inflação ficará entre 1,4% e 2,0%, quase igual à previsão anterior, que variava de 1,5% a 2,0%.

A estimativa para a taxa de desemprego ficou entre 9,0% e 9,1% em 2011, ante a projeção anterior de 8,6% a 8,9%. O número para 2012 subiu do intervalo de 7,8% a 8,2% para a faixa de 8,5% a 8,7%.

Apesar das autoridades do Fed expressaram maior pessimismo em relação à economia dos EUA do que em junho, o Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) decidiu nesta quarta-feira manter sua política monetária, com a taxa básica de juros entre zero e 0,25% ao ano, sem o anúncio de novas medidas de estímulo.

Em seu pronunciamento, o presidente do Fed, Ben Bernanke, deu poucas esperanças de uma melhora no crescimento. "Em resumo, enquanto ainda esperamos que a atividade econômica e as condições do mercado de trabalho melhorem gradativamente com o tempo, o ritmo do progresso deve ser lento e frustrante", disse Bernanke.

"Além disso, há riscos significativos de declínio da perspectiva econômica", acrescentou. "As principais preocupações sobre a situação fiscal da Europa e assuntos bancários contribuíram para a tensão dos mercados financeiros globais" e "provavelmente terão efeitos adversos sobre a confiança e o crescimento".

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